
Somos o JUR.NAL. Mas não aconselhamos a que se atente demasiado ao nome, tentando descortinar-se sentidos e trocadilhos e, com isso, adivinhar o que fazemos. É algo enganador, o nome por que respondemos: nem somos um jornal, nem nos ocupamos (primacialmente) da ciência jurídica – deixamos essa parte para as aulas (e já não é pouco…).
Acontece que acabamos a lutar dia-a-dia contra nós próprios. Chamam-nos, muitos – quase todos – jurnal, assim, sem o ponto final, vital, ali no meio. E nós, redatores e diretores, acabamos, também, muitas vezes, vítimas do descuido… Mas não, não somos um jornal de faculdade.
Na verdade, nem sabemos bem o que somos; sabemos, sim, o que pretendemos: ser, sempre e cada vez mais, um polo de distração confortável aos dias (e noites…) de um estudante de direito. Do estudante de direito da Nova School of Law. Damos-lhe voz, não raras vezes, para que se possa exprimir em termos distintos daqueles com que o faz no Direito, que acaba por esconder potencialidades porventura menos imediatas. Mas devem ser exploradas – é o nosso trabalho.
Foi sempre esse o objetivo deste núcleo autónomo da Nova School of Law. Desde o início, há vinte anos (1998/1999), mal nascera a nossa Faculdade – e com ela o espírito de iniciativa.

A tarefa não é fácil. Fomo-nos reinventando, ao longo de vinte anos, mas sempre com os mesmos objetivos traçados (começámos por ter um formato de revista e custávamos 100 escudos; algures na viragem para a segunda década de existência andámos adormecidos – em coma, talvez… -, voltámos para ser um grande flyer – em tamanho e qualidade -, passámos a ser de distribuição gratuita e diversificámos as nossas áreas de interesse!).
Como atingi-los? Com o que mais nos agradar: escrita criativa, críticas, textos de opinião, entrevistas, poemas, eventos (de lançamento das edições escritas e outros). Isto, mas muito mais – vontade nunca nos faltou.
Quem assim o quiser, ouve falar de nós quase diariamente em formato digital (blog e podcast – itens mais recentes que ditaram a nossa viragem, simultaneamente, para o exterior: para quem, seja quem for, que se reveja nos textos, nas iniciativas e nos próprios estudantes da FDUNL) e algumas vezes por ano em formato físico (edição em papel).
O JUR.NAL estará sempre de braços abertos a novos membros. Serão bem-vindos todos os géneros de escrita, pois a diversidade caracteriza-nos desde o início. E é precisamente o início que custa. E custou. Todos nós (da equipa do JUR.NAL) tínhamos medo de ser pretensiosos: porque o JUR.NAL é pequeno, porque achamos que não sabemos escrever, porque achámos que os outros não nos iam compreender.
Hoje em dia, este núcleo é um mosaico pleno de estilos e ângulos diversos. Se se folhear um Jur.nal, há de se reparar que os seus textos e as pessoas que os escrevem são de uma diferença sem obstáculos. Aquilo que nos une é tão somente a paixão pela arte e pela escrita. No entanto, precisamos sempre de mais frescura de vozes.
Portanto, para ti, futuro redator do JUR.NAL, despe esse medo e não silencies a tua voz. Se tens algo a dizer, faz com que a tua voz percorra as folhas de um Jur.nal ou as linhas do blog e se projete com alvor para a plateia. Porque a tua voz merece ser ouvida. E nós merecemos publicá-la.
A Direção atual,
Sofia Estopa
Cláudia Paulo
Madalena Cunha
Tânia Azevedo